Fates Entwined. | 8º Capítulo: Welcome to your new life.

Observação: Quem já leu a parte 1, leia por favor as notas finais ^-^. 

Parte 1.






Harry 
Século XIX




Ainda não gastei as cinco mil seiscentas e sessenta e quatro libras, não queria gastar o dinheiro com bobagens. Como bebidas e jogos. Pensava em usar o dinheiro para comprar um carro, estava farto de sempre andar de ônibus pra lá e pra cá. No entanto, uma voz ecoava em minha cabeça, falando que eu não podia comprar o carro agora.  Ela vale mais a pena. ”  Ela quem? Robertha? Sua doença não tem mais cura. Como o dinheiro podia ajuda-lá?  Apenas lhe dê o dinheiro.  

Não. Ela vai pensar que eu estou sentindo pena dela. — pensei em voz alta, colocando mais bebida no meu copo.

Robertha não havia dado mais noticias desde aquela consulta. Aproveitei esses três dias para me divertir, não fiz nada de errado. Mas, comecei a me preocupar. O hospital podia ter á internado. Larguei o copo com o liquido na mesa, e coloquei uma jaqueta de couro. O dinheiro estava dentro dela. Abri e fechei a porta de casa depressa. A tarde de sol tinha uma brisa gélida. As ruas estavam completamente vazias, e as lojas não tinham nenhum movimento. Eu estava sozinho naquele lugar.

Quarteirões depois e cheguei a Strand. Todas as casas encontravam-se em pleno silêncio. Eu só podia ouvir a minha respiração, e o vento que batia contra meu rosto. O que acontecia ali? Caminhei até a frente da casa de Robertha, sentia necessidade de que precisávamos conversar. Bati várias vezes na porta, sem resposta. A janela do segundo andar estava escancarada, consequentemente, ela não teria saído. Joguei algumas pedras lá, e gritei por seu nome, mas não obtive resposta.  Porra, abra logo esta porta.  Fiquei impaciente, ela deveria estar fazendo isso comigo de propósito.

Voltei minha atenção para a porta da casa, que estava trancada. Arrombe a porta igual você fez da primeira vez que entrou aqui.   Peguei um prego no bolso da calça e caminhei até a porta, ela não brincaria comigo. Pus o prego na maçaneta e mexi nesta incessantemente, que abriu segundos depois. Não tinha mais dificuldade para fazer isto. Entrei na casa, me deparando com uma sala revirada. Sapatilhas jogadas no chão, sofá bagunçado.


—Algum cara deve ter passado por aqui. —brinquei, analisando o lugar.


Ou não. Me deparei com uma cena nada agradável, estremeci por inteiro. Robertha escorada na escada, com os braços revirados. Corri até ela, estava incrédulo. O que acontecia com ela? Estava pálida, o corpo por inteiro de hematomas. A boca estava rubra, e a testa vermelha. Ela sangrava muito. Meus olhos arderam, não era choro, mas  sim, preocupação.


—Robertha? — perguntei, tentando inutilmente acorda-lá.

Coloquei-a em meus braços, não sabia o que fazer. Dei leves tapas em seu rosto, ela não acordava. E o ato só piorava sua situação. Pus o dedão em seu pulso, o coração ainda batia lentamente. Estava ficando desesperado, não deveria demorado em vir vê-la, apesar de não ama-lá, ela era minha única amiga e doía saber que ela havia se machucado.

—Eu vou te ajudar. —disse convicto.


Levei-a até o sofá, e lá, deixei-a descansando. Sai da casa, e tranquei a porta. Chovia e ventava fortemente em toda Westminster. Perambulei pela cidade e não encontrei nenhum ônibus funcionando, teria de procurar algum médico a pé. Poderia ficar doente, mas pela amizade e atração que tinha por Robertha, não me importaria de correr esse risco.


Já estava molhado, da cabeça aos pés. Corria, mas não chegava ao meu destino. Cada vez o hospital ficava mais longe. Avistei um rio, e perto dele, uma parada de ônibus. Corri até lá e me sentei em um dos bancos. Precisava ter folego para continuar. O hospital mais próximo ficava a quilômetros de distância. Suspirei e levantei do banco, a única coisa que podia-se ouvir ali era o barulho da chuva batendo contra o rio. E cavalgadas. Fortes cavalgadas.


— Edward, o que faz nessa chuva? — virei para trás, dando de cara com o velho Lake. Ele estava montado no Alask, seu cavalo. Ele estava me perseguindo?
— Isso não lhe pertence. — respondi.
— Quer ajuda?
— Não.

Ele só iria me atrapalhar. Continuei andando, minha visão estava ficando turva. Lake continuava me perseguindo.

 — Tem certeza?
— Eu posso me virar sozinho. — respondi rispidamente.
— Vamos, Harry, suba no Alask! — insistiu.


Com hesito, dado por vencido, subi no cavalo. Não queria a ajuda dele, mas essa seria a única forma de chegar mais rápido ao hospital.

— Me leve para o hospital mais próximo. — pedi.
— Não está se sentindo bem?
— Me leve logo.

Lake bateu as cordas que tinha em mãos no cavalo, fazendo ele relinchar. Bravo, Alask deu uma grande volta pela pista, isso fez Lake cair no chão. Gargalhei, depois peguei as cordas. Tentei acalma-lo, mas foi em vão. Por isso eu nunca trato mal os animais. Alask começou a correr mais rápido, tudo estava não dando certo hoje.

— Pare! — gritei, ele continuou correndo.
— Ele está bravo, Harry. — Lake gritou, ele estava muito longe de mim. — Não irá parar de correr.


Tentei sair de cima do cavalo, mas não deu certo. Ele estava bravo, e eu estava ficando apavorado. Aquilo era um bicho ou um demônio? Por que não conseguia se acalmar? E por que não me deixava descer?

— Mande ele parar. — pedi para Lake, ele estava nos alcançando.
— Não. — ele disse. —  Você mordeu a isca direitinho Harry.


Que isca? O que ele estava tramando? Aquele velho era louco.  Eu precisava sair dali, o cavalo se aproximava cada vez mais do rio.

— Alask, faça o que combinamos. — Lake ordenou.


Revirei os olhos, o que acontecia ali? O cavalo, por vez, girou em torno da pista. Só pude sentir, naquele momento, meu corpo ser arremessado para longe. Fechei os olhos, e gritei. Tudo estava dando errado hoje, aquilo era um carma. Uma praga, eu estava com medo. Meu corpo caía cada vez mais, e logo senti-o chocar-se na água do rio.

— Lake, me ajude!

Gritei, eu não sabia nadar. Me rebatia na água, eu estava afundando. Como se estivesse numa areia movediça. O rio estava agitado, parecia mais um mar. Tinha ondas, fortes ondas. Eu estava me afogando.

— Não. — ele gritou. —  Você pode se virar sozinho.


Ele gargalhou, depois montou no cavalo e não pude mais vê-lo. Outra onda forte veio, e não consegui quebra-lá. Muito menos me desviar. Com ela, vieram grandes pedras. Uma delas bateu na minha cabeça, depois não vi e senti mais nada.




Olá, directioners!
Nada a declarar sobre o capítulo =00 . O que será da parte dois? Rç. Eu reescrevi o capítulo porque tinha ficado horrível, esse tá bem melhor. Não sei quando posto a parte 2, mas é em breve. 

Bj da Caah ♥ 
Ps: desculpem os erros, eu não revisei. 


2 comentários :

Anônimo disse... Responder

ahhh continua ficou muito legal amei xx maria

Unknown disse... Responder

Perfect <3 ( Vocês tem vaga para mim?

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