Truly, Madly, Deeply Capítulo 79 - Ela fica melhor sem mim

– Niall P.O.V's
Um mês depois.
"Os dias parecem anos. O sol parece ter desistido de irradiar meu quarto. Percebo que ele não transmite mais aquela velha sensação de que tudo ficará bem em um estalar de dedos. Desperto sem energias para dar um impulso e poder levantar de vez, logo nesse dia bonito, mas que ao mesmo tempo me deixa escurecer. Parece que chegou a minha vez de sofrer, de lutar por um sorriso. Ela não conseguiu se lembrar de tudo por completo, disse que é uma segunda chance que Deus a deu e me devolveu o anel que até outro dia estava no seu dedo. Eu me sinto péssimo ao pensar no futuro que teríamos juntos se aquele idiota não estivesse na hora errada. Choro todos dias e todas as noites pensando no nosso pequenino filho, rezo por ele e me pego chorando ao pensar no dia em que ensinaria ele a andar. Nunca mais pisei no meu apartamento, tudo lá me lembra ela, não tenho mais forças para continuar vivendo. Ser esquecido é a pior coisa que existe, mas saber que você estar mais feliz me faz pensar que você recebeu mesmo uma segunda chace. Talvez eu não seja a pessoa que vai viver ao seu lado o resto da vida, talvez tenha sido o destino, mas espero que ela não esqueça que sempre estarei cuidando dela, mesmo que não seja eu o cara com quem ela vai ficar, mesmo que eu faça uma família e ela não esteja nela. Eu estarei esperando ela, sempre estarei, agradeço a Deus a oportunidade de lhe conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial. Espero o dia em que teremos o nosso final feliz."
Era a décima vez que escrevia uma carta, eu sempre fazia a mesma coisa, escrevia e deixava em cima da mesinha. Eu poderia ter paciência, fazer coisas diferentes, mas, ela queria tempo, ela queria viver, recomeçar do zero. Eu podia lutar, fazê-la lembrar de tudo, viver ao lado dela, mas eu simplesmente escolhi ficar longe e deixar a vida levar, se ela quer assim, assim será. Acredito que um dia ela será minha, mesmo que seja tarde demais pra nós dois, mas acredito.
– Niall, vamos! – gritou minha mãe.
Não estava com força e nem com vontade de ir ao casamento do meu irmão, mas sabia que ele precisava de mim. Levantei do chão e ajeitei minha camisa, peguei o terno que estava em cima da minha cama e vesti o mesmo, ajeitei em meu corpo e sai do quarto.

Mãe: Oh, querido, não fique assim, um dia ela vai lembrar de você e vocês serão felizes — ela dizia isso quase todos os dias.
Eu: Eu queria ficar em casa...
Mãe: Nem pense nisso! É o casamento do meu irmão, você tem que estar do lado dele, e ainda mais, você é o padrinho!
Eu: Eu sei, desculpe. — respondi em um suspiro.
Mãe: Você pode ficar no casamento, mas depois pode ir embora — ajeitava meu terno.
Eu: Obrigada — a abracei.
Mãe: Niall, você sabe que tem que ir em frente e viver a sua vida não sabe? — assenti com dificuldade.
Niall: Eu sei, mas está ficando difícil — suspirei.
Mãe: Vamos, estamos quase atrasados — sorri de lado.
Minha mãe chamou o meu pai, descemos as escadas e encontramos Greg, ele estava ansioso e nervoso, tinha inveja dele, ele conseguiu o final feliz que queria.
Greg: Niall, — me chamou e eu fui até ele — depois eu converso com você sobre a Angel.
Eu: Conversar sobre o que?
Greg: Sobre o que eu acho que você deveria fazer.
Eu: O que? — ele me olhou — Desculpa, depois você me fala. — dei um tapa em seu ombro.
Maura: Vamos queridos — nos chamou.
Meu pai já nos esperava no carro, saímos de casa e fomos para o carro. Greg estava nervoso, ela ficou ao meu lado no banco de trás. Sorria ao vê-lo desajeitado e todo contente, ele merece toda a felicidade.
Enquanto o carro se movia eu observava a paisagem que a janela me oferecia. Tudo em Londres me lembrava Angel, porém o parque St. James era o que mais me lembrava ela pois foi lá que eu a pedi em casamento. Abaixei a cabeça ao lembrar do dia em que ela me devolveu o anel, ela estava triste e eu me lembro do quanto o meu coração doeu. Desde daquele dia eu comecei a escrever as cartas, as cartas que não são enviadas.
[...]
A igreja estava cheia, vários familiares e amigos. Eu estava em pé ao lado do altar esperando a música tocar, Greg ficava mais nervoso e eu tentava acalmar ele. A música foi iniciada, olhei para a porta da grande e vi Denise com um vestido branco.
Eu: Fique calmo — sussurrei para Greg e voltei a minha posição inicial.
Todos ficaram de pé enquanto Denise dava passos lentos até o altar, algumas pessoas estavam emocionadas e a minha mãe não parava de tirar foto, mesmo com os fotografos presentes. Denise chegou ao altar e deu alguns pulinhos até Greg. Sorri ao vê-los felizes, então o padre começou a falar.
[...]
— O noivo já pode beijar a noiva — suspirei ao ouvir aquela frase.
Denise e Greg deram um beijo demorado enquanto gritos, aplausos e barulhos flashes ecoavam na igreja. Depois da "chuva de arroz" Greg parou e entregou uma carta para mim.
Eu: O que é isso?
Greg: Eu escrevi há um tempo, já que não vai ficar na festa é melhor ler — disse um pouco alto por causa do barulho, assenti e peguei a carta.
Eles entraram em uma limosinhe personalizada e sumiram em meio à estrada.
Mãe: Tem certeza que irá para casa?
Eu: Sim.
Mãe: Pegue o carro — entregou-me a chave.
Eu: Obrigada mãe — sorri.
Mãe: Se cuide, filho — beijou minha bochecha.
[...]
Abri a porta de casa enquanto encarava aquela carta que Greg me dara. Fechei a porta e me joguei no sofá, folguei gravata, tirei os sapatos e o terno. Abri a carta e comecei a ler.
"Niall, venho acompanhando a sua jornada com a Angel há pouco tempo, mas tempo suficiente para saber que vocês são inteiramente apaixonados um pelo outro. Que pena isso ter acontecido, mas aqui estou eu para lhe dar um conselho de irmão, se a ama deixe-a ir, parece o improvável, mas temos que fazer isso por quem amamos. Dê um tempo a ela e a você, quando as coisas não estão dando certo a melhor coisa para fazer é se afastar e pensar naquilo, pensar nas coisas negativas e positivas e então você terá uma resposta. Eu sei que você a ama mais que tudo, sei que faria qualquer coisa por ela e sei que não suportaria ficar sem ela, mas é o melhor a se fazer. Quem sabe depois a vida lhe recompense. Não fique chateado.
Greg"
Respirei fundo sentindo as lágrimas retornarem. Coloquei a carta em cima da mesa central e comecei a chorar. O que mais eu poderia fazer para esquecê-la, todas as minhas maneiras falharam, o que eu faria? Uma ideia rodeou a minha cabeça, subi as escadas rapidamente e puxei a minha mala, joguei várias roupas dentro da mesma, junto com dinheiro, coloquei uma das cartas que havia escrito no meu bolso e o anel de Angel no outro bolso. Peguei meu celular e chequei as horas. Arrumei meu cabelo e peguei meus companheiros: a caneta e o papel.

"Mãe, pai, sinto muito por deixá-los agora, mas Greg esta certo. Ele esta certo em dizer que eu preciso de um tempo para pensar, um tempo para viver, um tempo sozinho e por isso irei para a Irlanda. Eu sempre amei o meu país, irei para a casa da vovó, ficarei por um bom tempo lá, pelo menos até conseguir uma resposta. Não vá atrás de mim, eu estarei bem, confiem em mim. Niall"
Arranquei a folha e dobrei o papel e coloquei em meus lábios, peguei a mala e as chaves do carro. Desci as escadas com dificuldade, mas consegui, coloquei o celular no bolso e peguei as chaves do carro. Dei uma última analisada na casa, sentiria falta dali, mas precisava fazer isso. Coloquei o bilhete sobre a mesa de centro, ao lado da carta de Greg, eles certamente o culparia, mas eles precisam entender. Fechei a porta, coloquei as chaves de baixo do tapete e corri até o carro, coloquei a mala no banco traseiro e entrei no carro, fechei a porta e dei partida.
A casa de Harry não ficava longe, eu tinha que entregar aquela carta a Angel, mas sei que ela não ligaria para o que não se lembrava, então entregarei a Harry e ele dará a Angel quando ela lembrar-se de tudo.
Parei o carro em frente a casa de Harry e dei alguns passos sobre o gramado recém irrigado até a porta. Dei algumas batidas na porta de Anne me atendeu.
Anne: Olá Niall – disse desconfiada.
Eu: O Harry está? – perguntei.
Anne: Um minuto – deu as costas e gritou por Harry, segundos depois ele desceu as escadas, sem camisa.
Harry: Oi Niall, pra que o terno?
Eu: Por que você não veste uma camisa? – Harry riu.
Harry: O que aconteceu? – perguntou com um sorriso.
Eu: Eu preciso que você entregue isso a Angel – tirei a carta do bolso e dei para Harry.
Harry: Por que você não dá? – pegou a carta.
Eu: Ela não me quer por perto. – Harry me olhou.
Harry: O que aconteceu? Ela lembra de você, por que não iria querer recomeçar ao seu lado?
Eu: Foi a decisão dele e eu respeito, por isso vou passar um tempo na Irlanda.
Harry: Você vai embora? – berrou.
Eu: Eu não vou embora, vou passar um tempo na casa dos meus avós para pensar um pouco.
Harry: Niall, você não pode fazer isso com a Angel!
Eu: Ela será feliz sem mim.
Harry: Niall você é um egoísta! Ela só esta assim porquê não lembra de você, o que custa esperar? Você não a ama?
Eu: Eu a amo a ponto de deixa-la, viu como ela fica feliz sem mim? Eu só a fiz ficar triste, é como ela disse, talvez seja uma segunda chance e tudo o que eu mais quero é que ela seja feliz.
Harry: Você não pode deixá-la!
Eu: Só entregue essa carta a ela, quando ela lembrar de tudo.
Harry: Pra quê? Pra vê-la triste? Não pode ficar com ela – entregou a carta novamente – Tenha uma boa viagem Niall – fechou a porta.
Eu entendia Harry, pena que ele não me entendia. Respirei fundo e passei a carta por debaixo da porta, sei que ele iria entregar a ela, algum dia. Voltei ao carro e antes de partir fiquei pensando se estava fazendo a coisa certa, talvez não, mas eu preciso pensar e aqui é um péssimo lugar para fazer isso. Dei partida no carro em direção ao aeroporto.
– Angel P.O.V's
Era o quarto comprimido que tomava, minha cabeça não parava de doer, minha visão estava turva e eu não conseguia parar de me movimentar. Eu já estava ficando maluca com aquelas pontadas, comecei a pensar que iria morrer.
Deitei um pouco e fechei os olhos. Minha respiração começou a palpitar do nada, um flash tomou parte de meus pensamentos. Abri os olhos rapidamente saltando para frente pedindo ar. Comecei a me lembrar de várias coisas, o momento do acidente, o hospital, o bebê. As informações pesadas faziam minha cabeça doer mais. Estava ficando confusa, não conseguia acompanhar as coisas direito, aquilo poderia ser um golpe da minha cabeça.
Eu: Mãe! – gritava enquanto sentia minha cabeça explodir. Minha mãe veio o mais rápido que pode.
Mãe: O que aconteceu querida? – perguntou preocupada.
Eu: Minha cabeça – disse com uma voz apertada por conta da dor.
Minha mãe correu em direção ao corredor, por um momento pensei que ela tinha me esquecido, mas ela foi apenas buscas um comprimido.
Mãe: Tome querida – me deu mais um comprimido.
Engoli junto a água. Sentir aquele gosto não foi nada bom, mas se ele aliviaria aquelas dores valeu a pena toma-lo.
Eu: Mãe, eu acho que estou começando a lembrar o resto – alertei.
A expressão da minha mãe foi clara, felicidade, pena que ela não sabia a dor que sentia naquele momento.
Mãe: Acha melhor eu chamar o médico?
Eu: Acho que não será preciso. O que esse remedio faz?
Mãe: O doutor disse que aliviaria as dores de cabeça, mas você continuaria com confusões no pensamento. Precisamos dele aqui, vou chamar o seu pai – disse e saiu me deixando naquele quarto.
Pensei que poderia morrer, a dor era muito forte, comparada a pancada que recebi do carro. Meu braço doía, eu me movimentava muito, me retorcia na cama, tentava de tudo para fazer aquela dor acabar. Minha mãe voltou junto ao meu pai que estava com um telefone entre o ombro e a bochecha.
Pai: Não se preocupe querida, ele está vindo – essas foram as últimas coisas que ouvir antes deles sentir aquela dor novamente.
Mantia os olhos fechados tentando me concentrar nos meus pensamentos confusos, quanto uma enorme sensação de dejá-vu invadiu minha mente. Não conseguia me lembrar de nada que havia acontecido hoje. Levantei desesperadamente em busca.
Eu: Mãe? Pai? O que aconteceu? – perguntei assustada.
Mãe: Querida, esta se lembrando? – assenti.
Eu: Sim, cadê o Niall? – eles se entreolharam – Ah, não! – coloquei a mão sobre a boca e me levantei da cama.
Pai: Para onde vai?
Eu: Atrás dele! – vesti meu casaco.
Mãe: Angel, você não pode sair assim!
Eu: Mãe eu preciso ir atrás dele, eu não sabia o que estava fazendo – disse e sai dali.
Desci as escadas com cuidado ignorando meus pais. Fechei a porta com força, minha cabeça ainda doía, mas eu precisava falar com Niall. Olhava para baixo tentando não chorar quando esbarrei em alguém.
Eu: Harry?
Harry: Angel, eu preciso falar com você.
Eu: Fale rápido.
Harry: O Niall pediu para eu entregar isso a você – me entregou uma carta.
Eu: Onde ele está? – Harry hesitou em responder, parecia com medo de falar – Harry, onde ele esta?
Harry: Ele foi para a Irlanda – disse pausadamente.
Senti minha respiração parar, tudo parar, meu coração partir, várias emoções ao mesmo tempo que desabaram em lágrimas rapidamente. Me senti fraca, poderia cair a qualquer hora.
Eu: O que? Por que? – disse entre lágrimas.
Harry: Ele disse que você ficava melhor sem ele. Você esta bem?
Eu: Sim, eu consegui recuperar minha memória e agora eu estava indo atrás dele, – sentei em uma calçada qualquer – mas isso não será necessário, já que ele resolveu me deixar!
Harry: Leia a carta – sentou-se ao meu lado.
Olhei para Harry e em seguida para a carta, abri o envelope e desdobrei o papel.

"Os dias parecem anos. O sol parece ter desistido de irradiar meu quarto. Percebo que ele não transmite mais aquela velha sensação de que tudo ficará bem em um estalar de dedos. Desperto sem energias para dar um impulso e poder levantar de vez, logo nesse dia bonito, mas que ao mesmo tempo me deixa escurecer. Parece que chegou a minha vez de sofrer, de lutar por um sorriso. Ela não conseguiu se lembrar de tudo por completo, disse que é uma segunda chance que Deus a deu e me devolveu o anel que até outro dia estava no seu dedo. Eu me sinto péssimo ao pensar no futuro que teríamos juntos se aquele idiota não estivesse na hora errada. Choro todos dias e todas as noites pensando no nosso pequenino filho, rezo por ele e me pego chorando ao pensar no dia em que ensinaria ele a andar. Nunca mais pisei no meu apartamento, tudo lá me lembra ela, não tenho mais forças para continuar vivendo. Ser esquecido é a pior coisa que existe, mas saber que você estar mais feliz me faz pensar que você recebeu mesmo uma segunda chace. Talvez eu não seja a pessoa que vai viver ao seu lado o resto da vida, talvez tenha sido o destino, mas espero que ela não esqueça que sempre estarei cuidando dela, mesmo que não seja eu o cara com quem ela vai ficar, mesmo que eu faça uma família e ela não esteja nela. Eu estarei esperando ela, sempre estarei, agradeço a Deus a oportunidade de lhe conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial. Espero o dia em que teremos o nosso final feliz."

Assim que terminei de ler o papel já estava praticamente exarcado pelas lágrimas que caíam. Harry ainda estava ao meu lado. Não acredito que havia acabado com tudo, meu filho, meu marido, meu final feliz, tudo havia ido embora. Não acredito que entreguei o anel a ele, não acredito que deixei ele se afastar de mim.
Eu: Harry, você tem algum compromisso essa semana?
Harry: Sim, por que?
Eu: Anule todos e arranje uma mala. Iremos para a Irlanda.

Oi meu povo. Desculpe pelo capítulo confuso, espero que tenham gostado. Este é o penúltimo capítulo, triste não :(
Tentarei postar outro capítulo amanhã e já estou escrevendo o epílogo. Comentem, beijos sweetie ♥x

5 comentários :

Unknown disse... Responder

Omg como assim???Eu já acompanho sua fic a um tempo mas acho que nunca comentei,mas nem acredito que esta acabando :'((
Ficarei triste quanto não vou ter mais TMD para ler,mas tudo o que é bom acaba não é?!Haha mas vc escreve muito bem e amo sua fic beijos

Unknown disse... Responder

Aaaaaaaah que perfeito eu amo esse fic vc escreve muito bem ♥♥♥ nao acredito que ja esta acabando :( continua logooooo ♥ ♥

Anônimo disse... Responder

OMJ. Continua por favor..
E eu nen acredito q ta acabandoo
Leitora nova

Anônimo disse... Responder

Oie Amore, comecei a acompanhar o seu blog :) estou gostando e muito , gostaria que visitasse o meu - http://historysandfanfics.blogspot.com.br/ começei a pouco tempo.
Obrigada pela atenção.Beijos e sucesso flor

Anônimo disse... Responder

OMG! tem um olho na minha lagrima :´(

Ass: Bel_Nialler

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